segunda-feira, setembro 9, 2024
Camil

Justiça e soluções para quem precisa de ambas

O pobre, aquele que vive em condições precárias, especialmente os que recebem uma aposentadoria minguada dos órgãos públicos, após 30 e até 40 anos de trabalho ininterruptamente, mais uma vez, já no limiar dos seus últimos anos de vida, vão amargar a desilusão quanto ao aumento do salário mínimo, cujo acréscimo, segundo o que se discute, não dá nem para comprar 10 quilos de carne, e isso justamente na oportunidade em que ele aposentado deveria ser poupado e protegido.

O mais esquisito de tudo é o fato de que para aumentar uma porcentagem mínima no salário em questão, cria-se os maiores obstáculos, com celeumas intermináveis, parecendo até que o país se afundará numa provável bancarrota. Será?!

Segundo o nosso Presidente, o Brasil está livre do FMI e de outros compromissos onerosos. No entanto, não há como negar que as medidas adotadas pelo governo, pelo menos por enquanto, não beneficiam em nada o pobre do assalariado, ou seja, aquele que percebe o insuficiente salário mínimo.

Em sã consciência ninguém quer ser um Matusalém, mas também não quer partir para a outra dimensão da vida, prematuramente, desnutrido e precariamente assistido no que diz respeito à sua saúde.

Muitos brasileiros estão deixando o plano terreno, alguns ainda muito jovens, por falta de assistência médica, que infelizmente ainda deixa muito a desejar, com filas nos postos de atendimento a perderem de vista, às vezes para simples consulta.

A falta de recurso para a aquisição de medicamentos é também um dos fatores que contribuem para o péssimo atendimento, atingindo de forma cruel àqueles que são obrigados a usa-los por força de prescrição médica, principalmente os idosos e os que convivem com doenças mais graves.

Afinal, por que tantos problemas? Onde está a arrecadação incidente sobre veículos, cigarros, bebidas, loterias, que segundo consta ultrapassa os 50%?

No Brasil paga-se imposto de tudo, até de uma agulha, e não há dinheiro nem para suprir as farmácias do governo dos remédios necessários à população carente.

É como diz o comentarista Paulo Henrique Amorim: “Assim não dá!…

Apesar de tantos percalços, ainda há esperança do pobre sobreviver aos desmandos comuns na nossa terra brasileira. E a esperança aumenta face ao pronunciamento do Exmo. Sr. Presidente da República, que prometeu uma melhora substancial neste ano de 2006. Vamos aguardar.

Sem alternativa, o brasileiro, pobre, vive dos parcos vencimentos, espera confiante que o pronunciamento do Chefe da Nação seja coroado de êxito, vindo de fato ao encontro das necessidades dos mais humildes.

É ponto pacífico que a falta de saúde e a desnutrição do povo trás insegurança, preocupação e sofrimento, o que não recomenda em nada os responsáveis pelos órgãos do governo que cuidam do problema assistencial.

Todos esperam que o governo, através de seus colaboradores diretos, apresente planos exeqüíveis para solucionar, ou pelo menos amenizar, os problemas mais sérios da população carente e também de todos aqueles que apesar de terem um padrão de vida melhor, também amarguram problemas de difícil solução, inclusive financeiro.

Mas não é demais insistir que não basta apresentar planos, é necessário executá-los.

(Publicado na edição nº 361, de 01/02/2006)