MAPA identifica mais 2 marcas de cervejas da Backer contaminadas com dietilenoglicol
Até o momento, as análises realizadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária constataram 32 lotes contaminados.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou, em 18 de janeiro, que identificou a presença de dietilenoglicol em mais 11 lotes de cervejas Backer. Segundo o Ministério, agora são dez produtos da Cervejaria Backer contendo as substâncias tóxicas.
São eles: Belorizontina, Capixaba, Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo 46, Backer Pilsen, Brown, Backer D2, Corleone e Backer Trigo. Até o momento, as análises realizadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária constataram 32 lotes contaminados.
No dia anterior (17), as marcas da Backer com data de validade igual ou posterior a agosto de 2020 foram interditadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O Ministério da Agricultura também informou que a fábrica da Backer permanecerá fechada até que existam condições seguras de operação. Reafirmou ainda que os produtos somente serão liberados para comercialização mediante análise e aprovação do Ministério.
Médicos revisarão diagnósticos
Equipes médicas vão notificar a Secretaria de Estado de Saúde (SES) sobre pacientes que apresentaram quadro de insuficiência renal aguda e alterações neurológicas, mas ficaram sem diagnóstico. A revisão de casos anteriores à investigação da contaminação na cervejaria Backer, que veio à tona em 5 de janeiro, procura esclarecer se houve algum episódio precedente que pode ser associado a uma intoxicação por dietilenoglicol. A família de um homem de 62 anos, que faleceu em abril de 2019, foi à Polícia Civil prestar depoimento sobre a morte, que relaciona consumo de cerveja e sintomas da síndrome nefroneural.
Fonte e arte: EM / Foto: Paulo Filgueiras
Publicado na edição nº 1084, de 22/01/2020