sexta-feira, abril 19, 2024
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Com ajuda de Maia, Bolsonaro consegue manter proibição a reajuste de servidor

Decisão contraria posicionamento do Senado, que havia derrubado o veto presidencial

Após ser derrotado no Senado e pedir ajuda de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para virar o jogo na Câmara, o governo conseguiu manter o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que proíbe reajustes a servidoes até o fim de 2021. A votação se deu após um acordo articulado por Maia entre o governo eo centrão. Com isso, o veto foi mantido por 316 a 165 na Câmara.

No Senado, os vetos haviam sido derrubados por 42 votos a 30. Porém, como é necessário que as duas casas se manifestem contrariamente a um veto para que ele seja derrubado, o governo conseguiu manter válida a decisão do presidente.PUBLICIDADE

Inicialmente, os vetos de Bolsonaro seriam votados nas duas Casas na quarta-feira. Porém, após a surpresa da derrota no Senado, os articuladores do Palácio do Planalto conseguiram adiar a votação na Câmara. A partir daí, criou-se uma mobilização incluindo Rodrigo Maia para salvar o governo de uma nova derrota.

O presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que ficaria impossível governar e o ministro Paulo Guedes chamou de “crime” contra o país a decisão dos senadores. Ele pode, inclusive, ser chamado à Casa para explicar a declaração. 

Ao votar e encaminhar o voto a favor da manutenção do veto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que estava apoiando o veto do presidente apesar das críticas que costuma receber da equipe econômica. Ele chegou a dizer que não guarda rancor.

O Ministério da Economia calculava a derrubada do veto presidencial aprovada por senadores comprometeria uma economia fiscal entre R$ 121 bilhões e R$ 132 bilhões. Deputados da oposição contestaram o número durante toda a sessão de ontem.

Fonte: Jornal O Tempo.