Câmara Municipal de Além Paraíba promoveu um espetáculo de circense da pior qualidade

Mostrando todos os requisitos ditatoriais possíveis e imagináveis, inclusive esquecendo-se na Casa ele é um representante do povo e não um policial ou agente penitenciário, presidente da Casa desrespeita seu colega Wolninho e encerra sessão sem ouví-lo.

O que se viu ontem (09 de setº), na sessão virtual da Câmara Municipal de Além Paraíba, onde estava sendo votado, em segundo turno, um projeto de lei do Executivo Municipal que tem a clara pretensão de aumentar os gastos do dinheiro público com obras eleitoreiras, pode e deve ser chamado do maior e pior espetáculo circense já apresentado em toda a história daquela Casa.

Inicialmente, o vereador Mazinho, um dos que vivem a bajular e aceitar os ditames do prefeito alemparaibano, levou à reunião a desinformação de que o vereador Wolney Freitas, que acompanhava a sessão virtual de sua residência, estaria sendo coagido e ameaçado para votar contra o tal projeto de lei por duas pessoas que lá se encontravam. Entretanto, deve ser ressaltado que as duas pessoas eram o chefe de gabinete do vereador e o advogado que representa o partido do qual este é filiado, portanto…

Diante do espetáculo circense, onde em verdade os palhaços acabam sendo a população alemparaibana, outra sandice foi provocada, desta feita pelo vereador davi da paz, que chegou a ir até o local onde o vereador Wolninho reside com sua família para filmar e fotografar o que se passava. Lógico que o vereador davi, grande campeão de gastos com diárias em viagens desnecessárias país afora, sequer entrou na residência de Wolninho já que, ao contrário dos outros dois que lá estavam, não era um convidado.

O furdunço provocou uma série de questionamentos por parte de vários vereadores, ainda mais que o presidente da Casa, que em momentos como este tem por obrigação de se lembrar que é um representante do povo, pago com os impostos que esse mesmo povo contribui muitas das vezes sem condições de fazê-lo, resolveu não atender seus pares. Além disso, mostrando total desrespeito a um colega de bancada, sequer deixou o vereador Wolney Freitas se expressar explicando que inexistia qualquer tipo de coação, sem contar que por ser policiais ou agente penitenciário, solicitou que a Polícia Militar fosse até a residência de Wolninho que estaria sendo coagido, uma mentirta deslavada e absurda. Como um déspota, o presidente suspendeu a reunião para, após um bom tempo, encerrar a sessão.

Deve-se ressaltar que, pelo entendimento do momento da votação, certamente o projeto de lei seria derrotado por seis a cinco, com os vereadores Gilsinho Ribeiro, Rodrigo França, Dionne Miranda, Zico, Regisom e Wolninho votando contra as pretenções do chefe do Poder Executivo Municipal e seus comandados.

Ressalta-se ainda que, ao contrário das afirmativas de um certo jornal existente no município, que aliás recebe mensalmente substanciais valores dos cofres públicos para divulgar atos da municipalidade, os servidores públicos municipais que trabalharam no combate ao Covid-19 não serão prejudicados já que o abono a que o jornal se refere já foi votado e aprovado em duas sessões.