sexta-feira, abril 19, 2024
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MPMG denuncia ex-secretário acusado de matar candidato a vereador em Patrocínio

Irmão do atual prefeito foi imputado por homicídio qualificado por motivo torpe mediante dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de porte ilegal de arma e munições.

Jorge Marra alegou que agiu em legítima defesa por ter se sentido intimidado pela vítima. (Foto: Prefeitura de Patrocínio / divulgação)

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou à Justiça o ex-secretário de obras de Patrocínio, no Alto Paranaíba, Jorge Marra, acusado de matar a tiros o candidato a vereador Cassio Remis no dia 24 de setembro. Atualmente, o suspeito está preso em Patos de Minas, na mesma região.

Na denúncia formulada por promotores de Justiça da comarca de Patrocínio, Marra é acusado de homicídio qualificado por motivo torpe mediante dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, foi imputado a ele o delito de porte ilegal de arma de fogo e munições.

O MPMG ainda denunciou outras duas pessoas – que não tiveram os nomes revelados – pelo crime de favorecimento pessoal, já que teriam ajudado Marra, que é irmão do atual prefeito e candidato à reeleição, Deiró Marra (DEM), a fugir do local do crime e permanecer foragido. Também foi solicitado pelos promotores o fim do segredo de justiça, devido à repercussão do fato.

O acusado já havia sido indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por homicídio qualificado, porte ilegal de arma e roubo majorado com o concurso de pessoas, em razão do envolvimento do motorista que o auxiliou na fuga.

Segundo o delegado regional de Patrocínio, Valter André, a morte de Remis não pode ser considerada um crime político porque não apresenta relação direta com o pleito eleitoral, embora a vítima estivesse denunciando um uma suposta irregularidade da administração municipal.

Relembre

Cassio Remis fazia uma transmissão ao vivo nas redes sociais denunciando uma obra da prefeitura de Patrocínio que, supostamente, beneficiaria o comitê de campanha do atual prefeito e pré-candidato à reeleição, Deiró Marra.

Durante o vídeo, o então secretário de Obras do município e irmão do atual mandatário, Jorge Marra, de 60 anos, chegou ao local em uma caminhonete e tomou o celular do político. Depois disso, em frente à secretaria, eles tornaram a brigar e o autor sacou uma arma e disparou na cabeça de Remis, que morreu no local.

Marra ficou foragido durante três dias, quando se entregou à polícia. Ele alegou que agiu em legítima defesa por ter se sentido intimidado pela vítima.

Fonte: O Tempo / Por Gabriel Moraes