sexta-feira, abril 19, 2024
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‘As vacinas chegarão a todos os municípios mineiros ao mesmo tempo’, assegura Estado

Carlos Eduardo Amaral celebrou acordos do Ministério da Saúde para centralizar distribuição de imunizantes contra o coronavírus.

Carlos Eduardo Amaral é o titular da Secretaria de Estado de Saúde do Governo Zema (Foto: Gil Leonardi)

O secretário de Estado de Saúde (SES), Carlos Eduardo Amaral, confirmou que as vacinas contra o coronavírus serão distribuídas de maneira proporcional e chegarão ao mesmo tempo em todos os municípios mineiros. O titular detalhou a situação epidemiológica do estado e comentou sobre o plano estadual de imunização em entrevista à Rádio CBN Juiz de Fora, na manhã desta sexta-feira, comemorando os acordos anunciados pelo Ministério da Saúde para centralizar a campanha de vacinação por meio do Plano Nacional de Imunizações.

O secretário lembrou duas novidades anunciadas pelo Governo federal nesta semana: o envio de dois milhões de doses do imunizante produzido pela AstraZeneca da Índia para o Brasil e o acordo do Ministério da Saúde com o Instituto Butantan para a compra de todo o estoque da CoronaVac, vacina produzida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Após apresentar eficácia de 78%, o imunizante foi o primeiro a ter a aprovação emergencial solicitada junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e deve ter um parecer técnico do órgão em até dez dias.

 “Nós sabíamos que o único caminho possível era o Programa Nacional de Vacinação. Foi a orientação que nós demos aos prefeitos (mineiros), porque só teria um caminho após o Governo Federal comprar todas as doses que tivesse interesse”, analisa Amaral.

O secretário projetou o início da vacinação ainda para janeiro, com aumento na parcela da população atendida em fevereiro e março.

“Mas reforço que será um ano inteiro de vacinação, até que toda a população esteja vacinada”, alerta.

Uma data certa para o início da campanha de imunização, no entanto, será possível apenas após a aprovação de alguma das vacinas pela Anvisa. Por outro lado, o titular da SES garantiu que o estado está pronto para iniciar a vacinação tão logo as doses sejam disponibilizadas pelo Governo federal. “Nós temos seringas e agulhas para toda a população. Basta ter a vacina e elas chegarem a tempo”, assegura.

Aumento de contaminações

Após recorde absoluto de casos de coronavírus em dezembro e recorrentes crescimentos diários no número de contaminações, o secretário Carlos Eduardo Amaral admitiu que o estado vive um momento de alta na proliferação do vírus. No entanto, ele apontou que é uma tendência vista mundialmente e também nacionalmente. “Não me parece uma perspectiva de queda nos casos, então é muito importante que as pessoas tenham a noção de que a única forma de reduzir casos é ter o distanciamento adequado”, afirma.

Apesar de destacar o crescimento vertiginoso na proliferação, o secretário não entrou em colisão com a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), que realizou a progressão para a onda amarela do Minas Consciente, movimento previsto no programa estadual. Amaral lembrou que o Governo de Minas oferece a possibilidade de flexibilização das medidas pelas administrações municipais, mas também ressaltou que a falta de isolamento pode comprometer o sistema de saúde.

“Quando o estado sinaliza a onda vermelha, ele sinaliza com muita clareza que nós temos que tomar cuidado, porque a capacidade assistencial começa a ficar ameaçada. A pandemia não combina com a gente o número de casos.”

Saúde opera com a máxima capacidade

O secretário também arrefeceu a expectativa da população quanto à ampliação do número de leitos de UTI no estado, tendo em vista a recente alta de internações por conta do coronavírus. Segundo Amaral, apesar de possuir equipamentos para aumentar a assistência, a dificuldade está em conseguir mais profissionais de saúde para os atendimentos. “Nós chegamos à exaustão dos profissionais de saúde, não conseguimos contratar mais profissionais para que se montem mais leitos. Em Minas, já abrimos praticamente todos os leitos possíveis, tendo em conta o número de profissionais”, lamenta.

Mais leitos poderão ser disponibilizados caso haja sucesso em processos de contratações de profissionais, mas o titular trata as admissões como improváveis no atual momento. “Para ter controle agora, é (necessário) ter o distanciamento adequado e os cuidados. Porque nós chegamos ao nosso nível máximo de leitos com o número atual de profissionais”.

Fonte: Tribuna de Minas / Por Gabriel Silva, estagiário sob supervisão do editor Eduardo Valente