quinta-feira, abril 25, 2024
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Idoso atacado por enxame de abelhas no bairro Sítio Branco faleceu na madrugada de hoje (09)

Faleceu na madrugada hoje (09), por volta de 3 horas, no Hospital São Salvador, Antônio César Rezende (Lício do Sítio Branco), 79 anos, vítima de um feroz ataque de um enxame de abelhas africanas ocorrido na quinta-feira (07), no bairro Sítio Branco, quando fazia um roçado em um terreno de sua propriedade. O enxame estava em uma colmeia em uma mangueira existente no terreno de propriedade da vítima, e a atacou de forma intensa.

Inicialmente, a vítima foi socorrida por um vizinho, Antônio Prudente, que após uns cinco minutos de luta contra os insetos conseguiu arrastá-lo até a beira da rua. A seguir, chegou uma unidade do Corpo de Bombeiros que removeu o idoso do local levando-o até o Hospital São Salvado, onde foi atendido e ficou em observação por algumas horas.

Segundo informações de familiares, mesmo tendo recebido cerca centenas de picadas pelo corpo, portanto com o organismo literalmente tomado pelo veneno das abelhas, o idoso foi liberado no mesmo dia do HSS, indo para casa. Entretanto, ontem pela manhã (08), o estado de saúde de Antônio César teve uma acentuada piora, sendo levado de volta ao HSS onde veio a falecer na madrugada de hoje. Segundo informações dos familiares, o médico informou que a morte foi devido falência dos órgãos desenvolvida pela grande quantidade de toxina (veneno) no organismo.

Ele deixou viúva, conhecida por D. Katita, e cinco filhos. Será sepultado hoje, às 13 horas, no Cemitério Municipal.

Vale ressaltar, nenhuma providência da Defesa Civil foi tomada para a retirada da colmeia do local. Será que estão esperando acontecer outro ataque?

Picada de abelha pode provocar dores e levar à morte

Apesar de parecerem inofensivas, as abelhas podem representar mais perigo do que se imagina. Pessoas hipersensíveis podem inclusive morrer de uma única ferroada. De acordo com a coordenadora da disciplina de Emergências em Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Sandra Regina Sprovieri, a picada pode provocar dor, inchaço e vermelhidão na pele.

Segundo ela, em casos de múltiplas picadas, podem ocorrer manifestações sistêmicas, devido à grande quantidade de veneno.

“Nesse caso, alguns dos sintomas são: prurido, calor generalizado, hipotensão, taquicardia, cefaleia, náuseas e ou vômitos e cólicas abdominais. Em casos mais graves podem ocorrer choque e insuficiências respiratória e renal agudas”, ressalta a especialista.

A especialista ainda explica que as manifestações alérgicas locais são caracterizadas por um edema que persiste por alguns dias. Já as alérgicas sistêmicas podem variar de urticária generalizada, mal-estar, edema de glote, choque anafilático, queda da pressão arterial, colapso, perda da consciência, incontinência urinária e fecal, e coloração azulada ou roxa da boca, pele ou unhas.

Após ser picado, até a chegada ao atendimento médico, o indivíduo alérgico deve aplicar uma compressa de água fria ou gelo e usar analgésico para aliviar a dor. A pessoa deve permanecer calma, evitando movimentos bruscos e excessivos. Também é necessário retirar o ferrão cravado na pele e lavar o local com sabão e água corrente.

O ferrão pode ser retirado com pinça ou com os dedos. Após a ferroada, a abelha deixa para trás não apenas o ferrão, mas também o saco de veneno e parte do seu aparelho digestivo. Enquanto ele permanece cravado, a substância continua a ser instilada involuntariamente nos primeiros 20 a 30 segundos. O método de remoção do ferrão não afeta a quantidade de veneno a ser inoculado na pele do indivíduo.

Fontes: Moradores do bairro Sítio Branco e Site R7-Saúde / Fotos e vídeos: Reprodução Rede Social