quinta-feira, abril 25, 2024
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Quem é Rodrigo Pacheco, o mineiro novo presidente do Senado

Pacheco assume a presidência do Senado com apoio de Bolsonaro, Alcolumbre e até de partidos de esquerda. (Foto: Waldemar Barreto / Agência Senado)

O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi eleito nesta segunda (1/2) o novo presidente do Senado, substituindo David Alcolumbre (DEM-AP).

Pacheco obteve 57 votos, contra os 21 da senadora Simone Tebet (MDB-MS). Ele chega à liderança da Casa contando tanto com uma declaração pública de “simpatia” do presidente Jair Bolsonaro quanto com o apoio de partidos da oposição, como PT e PDT.

Teve também o apoio de Alcolumbre, que o apresentou como alguém que não criaria problemas para o Planalto e garantiu o apoio de Bolsonaro ao candidato. Pacheco já viajou bastante com o presidente: integrou a comitiva presidencial em viagens ao Japão, China, Emirados Árabes Unidos, Catar e Arábia Saudita.

Pacheco angariou até mesmo apoio dentro do MBD, partido que tinha a própria candidata à presidência do Senado, Simone Tebet (MDB-MS).

Nascido em Rondônia, Pacheco fez carreira profissional e política em Minas Gerais, onde atuou como advogado e onde foi eleito deputado federal pelo MDB e depois senador pelo DEM.

Ao formalizar sua candidatura à presidência do Senado, Pacheco falou em “união” e disse que o Brasil precisa enfrentar as dificuldades trazidas pela pandemia.

Nesta segunda, disse à Globo News que a atuação legislativa deve “se pautar no trinômio saúde pública, crescimento econômico e desenvolvimento social”. Pacheco já havia defendido, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que se retomasse a discussão sobre a volta do auxílio emergencial ou sobre um aumento no Bolsa Família.

Herdeiro do ramo de transportes

Em Minas, a família de Pacheco é dona de empresas no ramo de transporte rodoviários, das quais ele é herdeiro.

No ano passado, o ex-deputado Arnaldo Silva Júnior, próximo ao senador Pacheco e assessor de seu gabinete, se tornou o novo diretor da ANTT (Agência Nacional de Transportes), órgão regulador da área de transporte — e que tem como uma das atribuições fiscalizar empresas do ramo, incluindo as da família de Pacheco.

O Ministério da Infraestrutura e a Secretaria-Geral da Presidência da República fizeram a nomeação, que contraria a Lei das Agências Regulatórias — pela lei, políticos não podem ser indicados à diretoria de órgãos reguladores. Silva Júnior não tem experiência no setor de transporte, mas a Secretaria-Geral da Presidência afirmou que ele “preenchia os requisitos para o cargo”.

Fonte: BBC Brasil