Operação contra o tráfico de drogas prende 22 pessoas em Três Rios; três menores são apreendidos

Ao todo, foram expedidos 34 mandados de prisão, 59 de busca e apreensão domiciliar e cinco de busca e apreensão contra adolescentes. Objetivo da operação, chamada de ‘Horus’, foi desarticular um grupo criminoso instalado no bairro Jardim Glória.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu 22 pessoas e apreendeu três menores de idade em uma operação contra o tráfico de drogas na manhã de terça-feira (7), em Três Rios (RJ).

A ação, chamada de “Horis”, teve como objetivo desarticular um grupo criminoso, instalado no bairro Jardim Glória, responsável por vender entorpecentes e cometer homicídios na cidade.

Ao todo, foram expedidos 34 mandados de prisão, 59 de busca e apreensão domiciliar e cinco de busca e apreensão contra adolescentes — seis alvos já estavam presos e um jovem estava em uma unidade socioeducativa.

Durante um ano de investigação, a Polícia Civil identificou os integrantes do grupo, que são comandados por criminosos da mesma família. Eles são liderados por um traficante que está foragido da Justiça e escondido em uma comunidade do Rio de Janeiro (RJ).

Segundo a polícia, os integrantes da organização criminosa ostentavam armas de fogo de diferentes calibres pelas ruas do bairro, intimidavam moradores, monitoravam a entrada de pessoas e veículos e impediam que rondas policiais flagrassem as práticas ilegais.

Para garantir a segurança da venda e distribuição das drogas, o bairro foi mapeado e foram posicionados olheiros em diversos pontos. Eles acompanhavam tudo o que acontecia e repassavam para os membros considerados “gerentes” do tráfico.

Ainda de acordo com as investigações, o grupo é apontado como responsável pela morte de dois irmãos, que ocorreram em junho e julho do ano passado. Eles faziam parte do esquema criminoso, mas insatisfeitos com a forma como a organização era conduzida, sofreram uma emboscada e foram mortos por seus comparsas.

A Polícia Civil informou ainda que o inquérito instaurado mostrou uma aproximação dos suspeitos com líderes comunitários. A quadrilha promovia festas para as crianças com dinheiro adquirido no tráfico e castigavam ladrões e agressores de mulheres. A intenção era criar uma força paralela ao estado, com regras e regulamentos próprios.

Os alvos da operação foram identificados por meio de monitoramento e escuta telefônica, que possibilitou acompanhar a rotina e conhecer detalhes da estrutura da organização criminosa.

A Polícia Civil acredita que, com o cumprimento dos mandados de prisão e de busca a apreensão, outros envolvidos no crime sejam identificados. O objetivo da próxima fase da investigações também é buscar evidências do destino do dinheiro obtido com a venda de droga.

Ao todo, 130 policiais civis de Três Rios e de outras 27 delegacias do Rio de Janeiro e da Coordenadoria de Recursos Especiais atuaram na operação.

Fonte: G1 Sul do Rio e Costa Verde