Denúncia expõe suspeito de abuso sexual contra filha de 4 anos e de armazenamento de pornografia infantil
Suspeito tentou fugir, mas foi perseguido e capturado; segundo a Polícia Civil, imagens de crianças e de vizinhos do suspeito em momentos íntimos foram encontradas.
Um homem, 27 anos, foi preso em flagrante, na segunda-feira (22), suspeito de abuso sexual contra sua própria filha, 4 anos, além de registrar e armazenar pornografia infantil e não autorizada de adultos. O crime teria ocorrido no município de Ubá.
O caso foi descoberto através de uma denúncia feita na sexta-feira (19), quando a Polícia Civil iniciou as diligências para a investigação. Na segunda, durante a operação, os agentes foram informados, pela vizinhança, que o homem teria o costume de fotografar mulheres e crianças em momentos íntimos.
A busca pelo homem, para uma entrevista preliminar, se tornou uma perseguição quando o suspeito visualizou a aproximação da polícia. O suposto abusador pulou por diversas casas e invadiu uma creche, até que foi capturado na residência de outro morador do bairro em que ele residia.
A casa do homem foi vistoriada, bem como seu celular, com sua autorização. No aparelho telefônico foi encontrado um vasto material pornográfico, assim como imagens de vizinhos em momentos íntimos e diversas fotografias íntimas da filha, inclusive sendo abusada por ele, de acordo com a Polícia Civil. O homem foi preso em flagrante e encaminhado para a delegacia.
Operação visa combate à pedofilia e à pornografia infantil
Na semana passada, a polícia deflagrou a Operação Metatron – que visa o combate a crimes contra a dignidade sexual, dentre eles a pedofilia e a pornografia infantil. A ação faz alusão ao anjo Serafim e ao simbolismo de vigia e proteção. A prisão do suspeito faz parte dessa iniciativa, que continua em curso, segundo a Polícia Civil.
Crime hediondo
Também neste mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto que tornou hediondo crimes contra crianças e adolescentes, como o armazenamento de pornografia infantil. A medida aparece como mais uma frente de enfrentamento a violência contra vulneráveis.
A nova lei altera, ainda, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no que diz a respeito ao endurecimento da penalidade àqueles que carregarem consigo o material ilícito fruto da violência sexual.
Fonte: Tribuna de Minas – Por Pâmela Costa