terça-feira, setembro 10, 2024
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Sequestrador de ônibus na Rodoviária Novo Rio é transferido de delegacia para presídio

Em Benfica, Paulo Sérgio de Lima vai aguardar audiência de custódia. Ele já foi condenado duas vezes por crimes de latrocínio em Minas Gerais e por assalto no Rio de Janeiro.

O sequestrador do ônibus da Viação Sampaio, Paulo Sérgio de Lima, foi transferido ontem, quarta-feira (13), da 4ª Delegacia Policial (DP), no centro do Rio de Janeiro, para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, zona norte da capital, onde permanecerá até a audiência de custódia.

Lima sequestrou o ônibus que sairia na terça-feira (12), às 14h30, da Rodoviária do Rio com destino a Juiz de Fora (MG) e manteve 16 pessoas reféns durante três horas. Ele atirou no funcionário da Petrobras, Bruno Lima da Costa, de 34 anos, ferido no tórax e no abdômen.

Bruno foi transferido do Hospital Municipal Souza Aguiar, onde foi operado, para o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), hospital de referência para cirurgias cardíacas de alta complexidade, vinculado ao Ministério da Saúde. O estado de saúde de Bruno ainda é considerado grave.

A investigação conduzida pelo delegado Mário Andrade, da 4ª DP, quer esclarecer se o sequestrador pertence de fato ao Comando Vermelho, como informou à polícia, dizendo que estava fugindo porque tinha sido descoberto pelo tráfico.

O sequestrador já foi condenado duas vezes

O homem que sequestrou o ônibus no Rio de Janeiro e atirou em duas pessoas já possuía passagens pelo crime, no ano de 2015 em Minas Gerais, e em 2019 no Rio de Janeiro.

No dia 18 de agosto de 2015, ele foi preso na cidade mineira de Goianá, por latrocínio (roubo seguido de morte) de um homem a golpes de facão. A vítima foi encontrada morta no quatro de sua residência e após diligências e rastreamentos, o autor foi preso por policiais militares da 136ª Cia da PMMG da cidade de São João Nepomuceno, confessando o crime logo em seguida.

Paulo Sérgio foi julgado em setembro de 2023, quando estava foragido havia quatro anos. A sentença a 16 anos de prisão transitou em julgado no mês seguinte.

Em abril de 2019, ele também foi preso por roubar um ônibus com uma arma falsa. O assalto foi no Túnel Rebouças, que liga as zonas Norte e Sul do Rio de Janeiro. Pelo crime, foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão em regime fechado.

Após passar dois anos preso, ele foi beneficiado com a progressão da pena para regime domiciliar. Mas descumpriu as regras de uso da tornozeleira eletrônica — deixou de usar o equipamento.

Fontes: Agência Brasil, Portal RKF e O Globo