terça-feira, abril 16, 2024
DESTAQUELOCAISNOTÍCIASREGIÃO

Zema diz que sindicatos em MG estavam acostumados com ‘tipo de rachadinha’

O governador disparou uma série de críticas às entidades que são contrárias à reforma da Previdência e as acusou de serem beneficiadas na gestão do ex-governador Fernando Pimentel (PT).

Por SÁVIO GABRIEL

O governador fez uma live nesta segunda-feira (20) para falar sobre a reforma da Previdência do Estado. Foto: Reprodução/Facebook

Durante live realizada nesta segunda-feira (20) para debater a reforma da Previdência em Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) disparou uma série de críticas a entidades sindicais que estão contra a proposta. Sem citar nomes, o mandatário chegou a afirmar que elas estavam acostumadas a ter privilégios na gestão do ex-governador Fernando Pimentel (PT) e comparou esses supostos benefícios à prática da rachadinha. “Esse pessoal, que estava acostumado com esse tipo de rachadinha, de não sei mais o quê, é que agora fica dando do contra”, disse.

A rachadinha é uma prática criminosa na qual servidores públicos são obrigados a repassar parte de seus salários para políticos ou assessores parlamentares. É por suspeita desse crime que ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, está sendo investigado e chegou, inclusive, a ser preso. A suspeita é de que ele coordenasse um esquema de devolução de parte dos salários no gabinete do senador na época em que Flávio era deputado estadual do Rio de Janeiro.

Durante a live, o governador alertou ao funcionalismo que muitas entidades só querem visibilidade. “Sejam críticos. Tem muitos sindicalistas querendo só visibilidade, querendo só polêmica, e só fala ‘você está sendo prejudicado’. É mentira”, rebateu Zema, disparando contra as entidades e afirmando que elas estavam acostumadas a benesses na gestão de Pimentel.

“No último governo, quando o funcionário público estava sendo prejudicado, esses sindicalistas não levantavam a mão porque podiam dar um punhado de emprego para um punhado de gente da turminha deles”, disparou, em um tom mais elevado e fazendo o comparativo com sua gestão. “Eu não trouxe ninguém da minha família, nenhum amigo para trabalhar comigo. O secretário Otto Levy e Igor Eto, que estão aqui, conheci depois vim ser governador do Estado”, disse, referindo aos titulares das secretarias de Planejamento e Gestão e de Governo, respectivamente, que também participaram da live.

O governador também não poupou críticas à administração de Pimentel e disse que os sindicatos foram omissos. “Escute com reservas quando a crítica partir desse tipo de público, porque quando o Estado estava saqueando as prefeituras, estava mandando o nome de 240 mil funcionários públicos para o SPC, esse pessoal ficou calado porque o último governo dava um punhado de privilégios para eles”, disse, referindo-se ao fato de a gestão anterior não ter repassado recursos referentes aos empréstimos consignados feitos por servidores.

Fonte: O Tempo