“Preciso de ajuda para criar meu neto”, diz mãe de Eliza Samúdio
A avó do filho do ex- goleiro Bruno não recebe pensão do pai da criança e o avô do menino está em estado vegetativo. Amigos da família criaram uma vaquinha virtual para ajudar a mulher arcar com as despesas familiares.
Por meio de uma vaquinha virtual. É desse modo que os amigos de Sônia Moura, de 56 anos, mãe de Eliza Samúdio, encontraram para ajudar a mulher, que atualmente, passa por enormes dificuldades financeiras para conseguir pagar o aluguel, água, luz, comprar comida, criar o neto, Bruninho, de 12 anos, ajudar os sogros idosos, de 80 e 81 anos, que moram com ela, e ainda arcar com os gastos médicos do marido, que está no hospital em estado vegetativo.
Reviravolta. A vida financeira da família sofreu uma enorme reviravolta, em março deste ano, após o marido dela, Hernane Silva de Moura, de 52 anos, sofrer quatro paradas cardiorrespiratórias e entrar em estado vegetativo. Ele trabalhava como autônomo, prestava serviços de tapeçaria, e era responsável por manter a casa.
Com a atual rotina, Sônia está impossibilitada de trabalhar. A mulher, que mora no Mato Grosso do Sul, se divide entre idas e vindas diárias ao hospital, onde o marido está internado. Em casa, ela presta cuidados os sogros idosos e ainda cuida do neto que não recebe pensão do pai. O garoto é fruto da relação da filha dela com ex- goleiro Bruno Fernandes. Em 2010, o ex- jogador foi condenado a prisão por sequestrar, manter em cárcere privado, assassinar e ocultar o corpo de Eliza, segundo a Justiça.
Em meio aos afazeres, dores e dificuldades a mulher precisa pedir ajuda para sobreviver com a família. Criada há 11 dias, a vaquinha já arrecadou exatos R$ 29.361,25. A meta é conseguir chegar nos próximos dias a R$75 mil. No entanto, a quantia não vai durar muito. Afinal, as contas estão altas.
“O dinheiro será só para pagar as contas e principalmente deixar o aluguel pago por algum tempo. Não é fácil precisar de ajuda, meu marido é um trabalhador comum e honesto, que infelizmente não tinha dinheiro guardado. O pouco que tinhamos no banco já foi usado. As contas e gastos médicos ficaram muito pesados. Preciso criar meu neto. O pai dele não auxilia o filho em nada, mas tudo está na Justiça, então prefiro não falar disso, nem muito menos lembrar dele. Agradeço muito a Deus pelo conforto e forças, aos meus amigos pela criação da vaquinha e por todo auxílio diário que recebo deles”, enfatizou a mulher.
O advogado do ex-jogador, Luiz Gregório, foi procurado, mas até o momento, não se manifestou sobre o assunto.
Relembre o Caso
O desaparecimento e suposta morte da jovem Eliza Samúdio em junho de 2010 ainda é um mistério, já que o corpo da modelo nunca foi encontrado. Na época, com 25 anos, ela pedia o reconhecimento da paternidade do filho ao ex- goleiro Bruno.
O homem e outros dois amigos foram indiciados e presos, acusados de terem planejado a execução da jovem. Um dos acusados chegou a confessar que ela teria sido morta por estrangulamento. Bruno foi condenado a 22 anos e três meses pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza. Atualmente, ele cumpre o regime semiaberto domiciliar, desde 2019. Ele vive no Rio de Janeiro e abriu uma lanchonete na cidade.
Vaquinha
Para ajudar basta acessar o site da organização voa: https://voaa.me/mae-eliza-samudio. Ou clicar neste link que está disponível no Instagram: https://www.instagram.com/p/CcgziVbLMdg/?igshid=YmMyMTA2M2Y=
Os interessados poderão doar por meio da vaquinha virtual até 14 de maio.
Defesa de Bruno entra com pedido de liberdade condicional
A defesa de Bruno Fernandes entrou com um pedido para obter a liberdade condicional para o ex-goleiro. Segundo o jornal O Globo, a solicitação foi feita no último sábado (16) na Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro.
Condenado a 20 anos e nove meses de prisão por mandar matar a ex-namorada Eliza Samúdio, crime que ocorreu em 2010, Bruno cumpre pena em regime semiaberto domiciliar desde julho de 2019, quando deixou o presídio em Varginha, Minas Gerais.
Caso a Justiça aceite o pedido protocolado pelo advogado Luiz Gregório, que representa o ex-atleta, Bruno terá que cumprir algumas condições legais, como “obter ocupação lícita”, impostas pela Vara de Execuções Penais. No entanto, não terá restrições de horário para chegar em casa e poderá viajar sem autorização judicial, como acontece agora.
Fontes: O Tempo e Folhapress