quinta-feira, abril 25, 2024
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Covid-19: como a CPI acabou, senadores querem levar o circo ao Supremo

OPINIÃO

Por Alexandre Garcia

Randolfe Rodrigues, Omar Aziz e Renan Calheiros (da esquerda para a direita) na CPI da Covid.| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Sete senadores da CPI do circo oficiaram à ministra Rosa Weber, do Supremo, um pedido para que o STF não arquive as denúncias que a CPI do circo fez contra Bolsonaro. Isso porque o Supremo sempre pede a opinião do Ministério Público, que é quem acusa, mas a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, que é a número dois da PGR, respondeu dizendo que não achou nada para denunciar Bolsonaro, que não há o menor indício de crime. Aí os senadores, que eu imagino que sejam Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues, Omar Aziz, Otto Alencar, que já conhecemos lá daquela CPI – e ela foi ótima para conhecermos essas pessoas –, disseram que é a procuradora que tem de ser investigada, porque ela estaria protegendo presidente, dizendo que não há provas.

Então eu lembro que acabei de ver uma declaração do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, dizendo que aqueles que impediram o tratamento, e ao impedirem levaram à morte milhares de pessoas, têm de ser punidos. E que a punição chegue, ainda mais agora que temos a manifestação de Harvard a respeito do tratamento precoce. Já tínhamos a prova do tratamento lá em Itajaí, com a doutora Lucy Kerr, 92% de resultado, e mesmo assim impediram. Os meios de comunicação também disseram que não havia tratamento. Para que enganar as pessoas? Vejam a quantidade de vidas que poderiam ser salvas, esses senadores da CPI deveriam estar preocupados com isso, com o futuro, porque não podemos esquecer do que foi feito conosco.

Rodrigo Pacheco no reino da fantasia

Em um evento na Procuradoria-Geral da República, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, falou em preservação e garantia da democracia, com aquela platitude que lhe é peculiar. Ele diz frases sobre democracia e fica parecendo o conselheiro Acácio, personagem do Eça de Queirós, porque ele teria de dizer onde está o perigo à democracia, mas nunca diz. Pacheco é advogado; ele sabe que o artigo 220 da Constituição, que trata da liberdade de expressão e da vedação à censura, não é respeitado. Ele sabe que o artigo 127 não foi respeitado; nem o direito ao devido processo legal foi respeitado no inquérito do fim do mundo; ele sabe que cláusulas pétreas – que são irremovíveis, a não ser por uma constituinte original – foram desrespeitadas até mesmo por prefeitos durante a pandemia. Direito de ir e vir, liberdade de reunião, liberdade de culto…

Pacheco sabe que os artigos 52 e 53 foram desobedecidos, que a inviolabilidade do mandato parlamentar por quaisquer palavras foi desrespeitada, um parlamentar é preso à noite, em casa, contra a inviolabilidade do domicílio. Todo mundo sabe disso, mas Rodrigo Pacheco se cala. O pecado da omissão é um dos mais graves. E ele saiu em férias, foi para Orlando, que é um mundo de fantasia. Talvez seja isso… ele foi com dois seguranças e teve 13 diárias para cada um, mais as passagens de ida e volta – certamente ele foi de classe executiva. Encontrei aqui na Gazeta do Povo. Interessante isso, porque somos nós que pagamos essas viagens.

5G vai chegando a cada vez mais capitais

Por fim, só para o pessoal que está nas cidades ficar sabendo, desde terça já tem 5G em Curitiba, Goiânia e Salvador. Até o fim do mês vai ter em Florianópolis, Palmas, Rio de Janeiro e Vitória. O 5G já está desde o início do mês em São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa. Até o fim de novembro, chegará às outras capitais. E assim vai se estendendo o 5G, com supervelocidade digital para o Brasil inteiro.

Fonte: Gazeta do Povo