sábado, maio 18, 2024
BRASIL E MUNDODESTAQUENOTÍCIAS

A corrida das vacinas: compare eficácia, preços e previsão de aplicação das principais candidatas

Temperatura para transporte também pesa na possível escolha entre os imunizantes da AstraZeneca com Oxford, a chinesa CoronaVac, a russa Sputnik V e as americanas Moderna e Pfizer/Biontech.

SOC Remédio e seringa (Foto: Divulgação / Newsletters)

A Rússia informou ontem (24) que a vacina Sputnik V, desenvolvida no país pelo instituto Gamaleya, tem eficácia entre 94% e 95% contra a Covid-19. Na segunda-feira a farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford, ambas do Reino Unido, anunciaram que sua vacina candidata contra o coronavírus tem eficácia de 90%.

Outras três candidatas de destaque na “corrida das vacinas” são a Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceira com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo; o imunizante pesquisadao pela americana Pfizer e pelo laboratório alemão BioNTech; e a da empresa de biotecnologia americana Moderna.

Abaixo, uma comparação da eficácia, custo, logística de distribuição, acordo com o Brasil (quando existente) e data prevista para vacinação se tudo correr conforme o planejado.

Eficácia (alguns dados são preliminares)

Oxford/Atrazeneca: 90%

Sputnik V: 94%-95%

CoronaVac: ainda não divulgado

Pfizer/BioNTech: 95%

Moderna: 94,5

Custo estimado por dose

Oxford/Atrazeneca: entre R$ 16 e R$ 22

Sputnik V: R$ 54

CoronaVac: R$ 56

Pfizer/BioNTech: R$ 106

Moderna: entre R$ 136 e R$ 201

Temperatura de conservação

Oxford/Atrazeneca: entre 2°C e 8°C

Sputnik V: entre 2ºC e 8°C

CoronaVac: entre 2°C e 8°C

Pfizer/BioNTech: -70°C

Moderna: entre 2°C e 8°C (-20°C para estoque)

Acordo no Brasil

Oxford/Atrazeneca: acordo fechado com o governo federal para compra e distribuição no país; Fiocruz deve produzir 130 milhões de doses.

Sputnik V: laboratório União Química vai produzir a vacina russa no Brasil; e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) assinou um acordo para conduzir testes clínicos de Fase III, bem como o governo da Bahia.

Coronavac: governo de São Paulo tem o compromisso de adquirir 46 milhões de doses; o Instituto Butantan está adaptando uma planta para produzir a vacina.

Pfizer/BioNTech: ainda sem acordo.

Moderna: a vacina será oferecida via consórcio Covax, do qual o Brasil é integrante, mas é preciso uma negociação em separado para adquirir doses.

Cenário mais otimista para início da aplicação no Brasil:

Oxford/Atrazeneca: janeiro de 2021

Sputnik V: primeiro semestre de 2021 (vacina já tem autorização emergencial na Rússia)

Coronavac: janeiro de 2021 (vacina já tem autorização emergencial na China)

Pfizer/BioNTech: sem previsão no Brasil (população de alto risco dos EUA recebe vacina em dezembro/2020)

Moderna: sem previsão no Brasil (primeiro trimestre de 2021 nos EUA)

Fonte: O Globo