quinta-feira, maio 2, 2024
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ANGUSTURA: ONDE A VIOLÊNCIA GERA A VIOLÊNCIA

Homem dá entrada no HSS após ser atingido por disparos de arma de fogo

O dito popular “Violência Gera Violência” acabou acontecendo na manhã desta quinta-feira (20), e novamente o palco central da afirmativa foi o outrora pacato distrito alemparaibano de Angustura, hoje sem a tranquilidade que seus moradores vivenciavam anos atrás nas 24 horas de cada dia.

Por volta de 08h25min, Lair Rodrigues Ferreira, conhecido nas páginas policiais alemparaibanas como Laizinho, 40 anos, deu entrada no Hospital São Salvador vítima de disparo de arma de fogo, fato ocorrido em uma das estradas vicinais da localidade. Laizinho foi atendido, medicado e ficou internado no HSS.

Segundo informações obtidas junto um programa de notícias de uma emissora de rádio alemparaibana, Laizinho teria dito que havia sido vítima da tentativa de um assalto por um indivíduo desconhecido, que tentara levar uma motocicleta que lhe foi emprestada e utilizava no momento. Afirmando que reagiu à ação criminosa porque o veículo era emprestado, enfatizou que acabou levando um tiro, tendo seu agressor sumido como “fumaça no ar”.

Diante das afirmativas, restou às autoridades policiais militares se dirigirem até Angustura, onde fizeram um amplo rastreamento nas imediações do local onde ocorrera o fato, interrogaram algumas possíveis testemunhas e retornaram à sede do Quartel de Polícia Militar onde fizeram um Boletim de Ocorência.

Vale ressaltar, obstante ser um velho conhecido das autoridades policiais alemparaibanas, com várias ocorrências e abertura de inquéritos policiais tendo o seu nome como suspeito de participação, nada foi encontrado contra a vítima que tão logo receba alta no HSS poderá voltar para casa.

Num rápido levantamento junto aos arquivos do Jornal Além Parahyba, várias situações de possível envolvimento de Laizinho com atos criminosos foram encontrados, tais como suspeição em furtos e roubos de animais (bovinos, suínos e aves) em propriedades rurais, agressões e outros. A última referência data do ocorrido em 18 de março último, quando um homem, conhecido como “Paulinzim”, 44 anos, após ser agredido violentamente por um grupo de indivíduos cerca de 08/10 dias antes, veio a falecer na data citada inicialmente. Laizinho, apesar de não ter o seu nome citado como participante na ação criminosa, foi rastreado pelas autoridades policiais no sentido de ser interrogado sobre o crime, mas desapareceu de Angustura por vários dias, como o seu hoje agressor, como “fumaça no ar”.

Parte da notícia veiculada no site do ALÉM PARAHYBA, no dia 19/20 de março último, diz:

“Segundo informações oficiosas, dadas ao ALÉM PARAHYBA sob a forma de que o veículo se comprometesse em não revelar sob hipótese alguma a fonte, há cerca de 8/10 dias atrás a vítima foi agredida de forma violenta nas proximidades da Praça do Cruzeiro, localizada na parte alta da vila onde reside mais da metade da população angusturense. Os agressores, em número de três ou quatro, o espancaram por cerca de cinco minutos com socos e pontapés desferidos nas costas, no tórax e na cabeça, até que o mesmo ficasse desacordado. Após a perda dos sentidos, a vítima continuou sendo agredido por um dos seus algozes, o velho conhecido das autoridades policiais, com pontapés nas costas e na cabeça, sendo a seguir abandonado sem sentidos no local.

Após retomar os sentidos, não foi informado se com auxílio de alguém, a vítima foi para sua residência, onde mora com a esposa e mais 10/11 filhos menores, com vários hematomas espalhados por todo o corpo, supostamente escondendo o fato da esposa a quem teria dito que levara um tombo.

Com fortes dores pelo corpo, se automedicando, dias depois, alegando “fortes cores na coluna”, ele buscou auxílio médico, tendo ido para o Hospital São Salvador onde foi internado, indo a óbito no dia seguinte, 18 de março. “Paulinzim” foi sepultado na sexta-feira, dia 19.

O assunto virou tabu em toda Angustura. Ninguém sabe e ninguém viu. Pelas esquinas nomes são sussurrados, quase inaudíveis, sem que alguém afirme ter visto os autores ou o ato covarde e criminoso. Um velho conhecido das autoridades policiais, atualmente vivendo na localidade de forma pacata e ordeira, sem se envolver com quem quer que seja que possa ter envolvimento com atos criminosos, teria afirmado que o fato foi “covarde e brutal”, e que os envolvidos deveriam sofrer as mais severas penalidades que existem na Justiça”.