quinta-feira, maio 2, 2024
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Prefeitura do Rio de Janeiro anuncia cancelamento da festa de Réveillon

Queima de fogos em Copacabana no ano de 2013. (Foto: Fernando Maia/Riotur)

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou o cancelamento dos Festejos de Réveillon. Segundo ele, “respeitamos a ciência. Como são opiniões divergentes entre comitês científicos, vamos sempre ficar com a mais restritiva. O Comitê da prefeitura diz que pode. O do Estado diz que não. Então não pode. Vamos cancelar dessa forma a celebração oficial do réveillon do Rio”.

O anúncio ocorreu pelas redes sociais. “Tomo a decisão com tristeza, mas não temos como organizar a celebração sem a garantia de todas as autoridades sanitárias. Infelizmente não temos como organizar uma festa dessa dimensão, em que temos muitos gastos e logística envolvidos, sem o mínimo de tempo para preparação”, explicou o prefeito.

A outra versão sobre o cancelamento

Segundo notícia veiculada pela CNN, uma das mais populares festas do país, o Reveillon do Rio de Janeiro, foi cancelado porque, depois de três meses de sucessivos adiamentos de prazo, as três empresas que ganharam o edital para organizar o Réveillon do Rio de Janeiro não conseguiram o compromisso de patrocinadores para bancar o evento.

A CNN apurou que, na prática, a falta do fiador foi responsável pela anulação da licitação pela Riotur, a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro que coordena a festa. Se o cenário já era difícil com o recuo de empresários, a chegada da variante Ômicron atrapalhou ainda mais os planos.

Diferentemente de anos anteriores, em 2021 a Prefeitura do Rio de Janeiro permitiu que as empresas que ganharam a licitação para promover o Réveillon pudessem entregar a carta do patrocinador depois do anúncio dos vencedores. O prazo inicial era 6 de setembro. Foi adiado para dia 27 de setembro, depois para 29 de outubro.

Para a empresa que ganhou a licitação para os três palcos de Copacabana, a agência de turismo da prefeitura concedeu 20 dias adicionais. A empresa era responsável por uma parte da festa com previsão de reunir 2 milhões de pessoas.

Já as outras duas empresas que formavam o consórcio para montar os outros dez palcos pela cidade tiveram a prorrogação até o dia 30 de novembro. A expectativa era de que os palcos reuniriam 1 milhão de pessoas, segundo a prefeitura. Mas as cartas de intenção de patrocínio não foram entregues.

Um interlocutor de uma das empresas afirmou reservadamente que já havia o compromisso ‘apalavrado’ de empresas interessadas em patrocinar a festa, mas com o avanço da pandemia, a persistência de novos casos e mortes e o surgimento de uma nova variante, a Ômicron, ninguém quis se comprometer oficialmente.

A CNN apurou que a Riotur passou a trabalhar com três cenários. O primeiro deles era perdoar os atrasos e fazer um remendo jurídico para manter o edital válido mesmo com o prazo vencido. Na avaliação de interlocutores da agência, essa seria a melhor maneira de manter os planos iniciais caso o Réveillon seja realizado.

O demais planos eram anular a licitação e reabrir a concorrência no caso de os patrocinadores não aparecerem, o que acabou acontecendo já que nenhuma das possíveis empresas patrocinadoras se interessou em patrocinar o Réveillon e associar seu nome a um evento que viesse trazer mais caos na saúde pública da cidade, quebrar a economia carioca com mais pandemia, “fecha tudo” e talvez até lockdown.

Segundo vários comentários encontrados em Rede Social, “na verdade Eduardo Paes nunca esteve preocupado com a saúde ou com a vida dos cariocas. Ele estaria era mais preocupado em realizar mais uma festa, já que seu perfil sempre foi festeiro”.

Diante desse contratempo, resta saber se o prefeito Eduardo Paes continuará com a sua pretensão de “bancar” a realização do carnaval 2022, cujos ingressos já estão sendo comercializados com total sucesso. Vale lembrar, a maioria dos municípios brasileiros, entre estes várias capitais, já decidiram pela não realização do carnaval. Em 2020, logo após a realização dos Festejos de Momo, apesar da sugestão do presidente Bolsonaro pela sua não realização, a pandemia do Covid-19 se alastrou por todo o país numa velocidade assustadora.

Fonte: Com informações da Rádio CPN, CNN e outras fontes.