Auren Energia investe R$ 2,1 bi em usina solar no Norte de MG

Complexo no município de Jaíba terá capacidade instalada suficiente para consumo de mais de 500 mil residências.

A Auren Energia investirá cerca de R$ 2,1 bilhões na construção de uma usina de geração de energia solar centralizada no município de Jaíba, no Norte de Minas Gerais. Com capacidade instalada de 516 megawatts-médios (MWac) e 632 megawatts-pico (MWp), o empreendimento será capaz de gerar energia limpa equivalente ao consumo de mais de 500 mil residências. O projeto deverá entrar em operação no primeiro trimestre do ano que vem.

O Complexo Sol de Jaíba, como foi denominado, será um dos maiores complexos solares do Brasil, e faz parte da estratégia de crescimento e desenvolvimento da Auren Energia. A companhia já é considerada uma das maiores plataformas de geração e comercialização de energia renovável do País, com capacidade instalada de 3 gigawatts (GW). Em 2022, inclusive, a empresa alcançou um expressivo lucro líquido de R$ 2,675 bilhões.

Conforme a vice-presidente de Operações e Projetos da empresa, Márcia Cunha, o início da construção da usina de energia solar de Jaíba ocorreu em dezembro do ano passado, com a preparação do solo para que, posteriormente, as placas solares possam ser instaladas. Segundo ela, foi feita a retirada de vegetação e, além disso, pensando no ecossistema local, o remanejo de fauna, realizado por uma equipe técnica formada por biólogos.

De acordo com Márcia Cunha, no pico de movimentação das obras, a Auren Energia estima empregar aproximadamente 1,5 mil colaboradores entre postos de trabalho diretos e indiretos. Atualmente, são 330 pessoas contratadas, sendo que 55% deste total são trabalhadores da região. Ela explica que ao iniciar um projeto em áreas remotas, nas quais a população precisa de mais incentivos educacionais e financeiros, a companhia trabalha de forma colaborativa com a comunidade e desenvolve estratégias de apoio ao desenvolvimento local.

“No Sol de Jaíba, fechamos uma parceria com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) de Montes Claros, onde conseguimos formar uma grande quantidade de pessoas exatamente para fazer com que um curso totalmente gratuito trouxesse conhecimento para que essas pessoas pudessem se recolocar ou se colocar no mercado de trabalho. Neste curso, foram 62% de mulheres (participantes). Não fomos atrás das pessoas. Elas se interessaram em fazer a inscrição, ou seja, a população quer se capacitar e vê este como um mercado de potencial crescimento”, ressalta.

Ainda segundo a vice-presidente de Operações e Projetos, dentro do plano de atuar mais próximo à população e fomentar o progresso da região, a companhia também lançou um canal de diálogo humanizado e aberto. Pelo número de WhatsApp (31) 99604-9591, os moradores podem compartilhar dúvidas, sugestões e reclamações, acompanhar a evolução das obras e receber informações acerca de oportunidades de emprego no Sol de Jaíba.

Parque híbrido

Além do Sol de Jaíba em Minas Gerais, e dos dois últimos lançamentos da empresa – os parques eólicos Ventos do Piauí II e III, no nordeste brasileiro –, a Auren Energia iniciou as obras do Sol do Piauí, o primeiro parque híbrido do País em escala comercial. O projeto pioneiro vai combinar as fontes solar e eólica para geração de energia limpa. Com aportes de R$ 255 milhões e capacidade inicial para gerar 48,1 MWac e 59 MWp, a previsão é de entrar em operação no segundo semestre deste ano.

Márcia Cunha explica que na região do estado nordestino de manhã tem muito sol e de noite muitos ventos. Dessa forma, o empreendimento será construído próximo à área do Ventos do Piauí I e a subestação de transmissão do complexo será compartilhada com a nova usina solar. Sendo assim, a energia gerada pelo Sol do Piauí vai complementar a produção eólica.

“A gente aproveita as duas (fontes de energia) e consegue fazer uma geração otimizada. Então foi um projeto bem interessante. Um piloto que a Auren Energia foi pioneira em colocar em place, aprovado também pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)”, destaca a vice-presidente de Operações e Projetos da companhia.

Fonte: Diário do Comércio – Por Thyago Henrique