quinta-feira, maio 2, 2024
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Diante do tiro que pode ter dado no próprio pé, fontes ligadas ao prefeito afirmam que ele estaria a procura de quem assuma a direção do HSS

Como é de conhecimento da maioria da população alemparaibana e da região, e só não admite quem deve ser cego, a atual situação em que se encontra o Hospital São Salvador é a mais caótica e crítica de toda a sua história que, aliás, remonta ao ano de 1908.

Sob a égide de um decreto municipal esdrúxulo promulgado em janeiro do ano passado pelo prefeito Miguel Belmiro de Souza Júnior, o Miguelzinho, a instituição particular, portanto não pertencia ao município, não bastassem as dívidas que se acumulam desde então, não pagou até o dia de hoje, 25 de abril, o 13º salário de seus funcionários, está sujeito a ter seus médicos plantonistas e de sobreaviso paralisando suas atividades a partir do dia 10 de maio porque não recebem seus salários faz sete meses (dívida, segundo informações oficiosas, é superior a R$ 3 milhões), sem contar que o atendimento aos usuários tem sido o pior possível com incontáveis reclamações postadas em rede social.

Diante do que pode ter sido um tremendo tiro no próprio pé ao escutar assessores diretos que o orientaram a promulgar o decreto de intervenção, ao que parece, é o que afirmam algumas fontes oficiosas ligadas ao prefeito, este estaria tentando conseguir alguém ou alguma instituição que viesse a assumir a direção do HSS, valendo ressaltar que a instituição é particular sem interesse lucrativo cuja direção é formada, segundo o seu estatuto social, por um conselho cujos membros são egressos da comunidade alemparaibana.

A busca por alguém ou alguma instituição tem sido árdua, sem que se encontre qualquer cidadão disposto a aceitar o cargo. Alguns empresários já teriam sido procurados, inclusive alguns membros do egrégio conselho do HSS, bem como, é o que afirmam as fontes, os dois maiores planos de saúde existentes em Além Paraíba, no caso a Unimed e a Sociedade Beneficente Dezoito de Julho. A maioria dos até agora procurados, sabedores da situação caótica em que se encontra a instituição criada por Dr. Paulo Joaquim Fonseca, já teriam dado uma resposta negativa ao possível pedido do chefe do Executivo Municipal.

“Quem pegar o bastão do HSS está cometendo uma loucura! Tenho uma empresa no município bem sucedida e assumi-lo, da maneira como ficou, seria uma sandice de minha parte”, afirmou um empresário alemparaibano que possui em seu quadro de colaboradores quase 100 funcionários e pede que seu nome seja mantido em sigilo. “Fico chateado em dar tal opinião sobre o HSS, cuja história e serviços prestados à comunidade alemparaibana é das mais louváveis, mas não acredito que qualquer empresário ou instituição séria assuma sua direção”, concluiu.

Como diz na letra da música do genial Paulo Diniz, fica a indagação: “E agora, José/ A festa acabou / A luz apagou / O povo sumiu / A noite esfriou?…