segunda-feira, abril 29, 2024
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CABIDE DE EMPREGO

Presidente da Câmara Municipal, vereador Mateus Cruz, tentou arranjar “vaguinha” para apadrinhado na prefeitura

Vereador Mateus Cruz, presidente da Câmara Municipal de Além Paraíba, pode ser cometido ato de improbidade administrativa.

Uma das grandes aberrações existentes junto ao poder público brasileiro tem sido o aparelhamento desses poderes, principalmente do Executivo e do Legislativo. Tal aparelhamento ganhou até mesmo um apelido: Cabide de Emprego.

Em geral, por serviços prestados durante uma eleição, na maioria das vezes distribuindo “santinhos” pelas ruas, colando cartazes, colocando seu próprio veículo automotivo para transportar pessoas e material de campanha, geralmente esses “serviçais” são beneficiados com esse tal “Cabide”, na maioria das vezes sendo contratados para ocupar cargos de baixo escalão no setor público, tais como vigias, motoristas, fiscais, auxiliar de serviços gerais e outros, tendo por “padrinhos” pessoas ligadas direta ou indiretamente com quem possa conceder “uma vaguinha”, valendo ressaltar que entre tais padrinhos, com contexto municipal, geralmente estão os vereadores, cidadãos eleitos para fiscalizar os serviços públicos.

Além Paraíba, infelizmente, já de longa data é refém desse tipo de situação já que inúmeros foram ou ainda são os beneficiados com o “Cabide de Emprego”. Vários, não somente na atual administração municipal, são ou foram os apadrinhados que, sob a égide de uma irregularidade, passam a ser servidores públicos municipais, tanto do Executivo quanto do Legislativo Municipal, o segundo em menor escala, que entram “pela janela” e não através de concurso público, o que vem a ser um absurdo e imoral.

Recentemente, veio ao conhecimento geral da população nos últimos dias através de um print que circulou em rede social, um vereador, que na gestão anterior do atual prefeito Miguel Belmiro de Souza Júnior ocupava cargo de confiança, é o protagonista dessa imoralidade que se não pode deveria ser tratada como de improbidade administrativa. Trata-se do vereador Mateus Cruz, ora ocupando o cargo de presidente da Câmara Municipal, que travou uma conversa com alguém do alto escalão do prefeito solicitando emprego para um de seus apadrinhados. A conversa teve o seguinte teor:

Print da conversa em que o vereador Mateus Cruz pede uma “vaguinha” para apadrinhado na prefeitura.

Mateus: Me arruma uma vaguinha na dengue, ou de fiscal se tiver. Tem um rapaz que precisa colocar ele. Qualquer coisa. Trabalhou pra gente. Colocou carrinho dele a disposição. E acabou seguro desemprego”.

Resposta: Tem processo seletivo mês que vem. Dr. Fernando não tá autorizando nada”.

Tão logo o Jornal Além Parahyba teve em mãos o print que ora é mostrado na reportagem, foi feito um contato junto ao vereador onde foi solicitado se o mesmo poderia dar algum pronunciamento sobre o fato, ainda mais por ser homem público ocupando a titularidade na Presidência da Casa do Legislativo Municipal. Como resposta, entendemos com ironia, Mateus apenas disse: “Tranquilo, grande abraço. Hora certa vou me pronunciar. Justiça vai dizer quem está certo ou errado”.

Novamente o veículo de comunicação interpelou o vereador já que o mesmo citou a palavra Justiça: “Justiça? Você é homem público, hoje vereador… Daí a questão não é pronunciar, mas sim explicar ao povo, seu real patrão. Tudo bem! Você tem o direito de ficar silente”.

Mateus encerrou a conversa desejando “Boa Sorte” para o jornal.

Com a palavra o Ministério Público, o Poder Judiciário de Além Paraíba e, porque não, toda edilidade alemparaibana…

An Quim