sábado, maio 4, 2024
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Câmara de Viçosa aprova projeto que proíbe alimentar pombos

O texto proíbe a criação, manutenção e a alimentação de pombos e estabelece punições.

Foi aprovado em primeira votação, no último dia 7 de novembro, Projeto de Lei de autoria da vereadora Vanja Honorina (PSD), de Viçosa, que proíbe a criação, manutenção e a alimentação de pombos urbanos em locais de acesso público naquele município e estabelece penalidades como o pagamento de multa cujo valor será definido pela Secretaria Municipal de Saúde. O objetivo é evitar a concentração dessas aves nas praças do município e, consequentemente, evitar a proliferação de doenças.

O tema vem sendo debatido pela vereadora desde maio deste ano, quando ela trouxe à tona os riscos da doença transmitida pelos pombos, a criptococose, tornando público o caso do pai de Laila Pacheco, que contraiu o fungo e vem lutando contra suas complicações desde fevereiro. Laila detalhou na Tribuna Livre, a situação de seu pai, alertando sobre a gravidade da doença e suas evoluções para outras comorbidades.

“Meu pai pegou (a doença) aqui em Viçosa pela praça. Ele começou a ter cefaleia, perdeu os movimentos da perna, não comia, não conseguia andar. Teve meningite, conjuntivite, atrapalhou até a medula dele, na produção de sangue e glóbulos brancos, além de afetar os rins e o fígado. Ficou internado por quase 40 dias isolado e está em tratamento até hoje”, contou Laila Pacheco.

Ela acrescentou que só descobriu a doença após levar seu pai a Belo Horizonte. Laila finalizou dizendo: “Não dá para a gente ficar alimentando os pombos na praça. As pessoas às vezes estão doentes, com a imunidade baixa, e podem contrair esse fungo e ser fatal.”

Vanja Honorina (foto) explicou sobre a criptococose. “Ela vem em forma de infecção ocasionada por um fungo que se desenvolve nas fezes dos pombos, que ficam secas, se transformando em poeira, e quando as aves batem as asas, disseminam esse fungo no ar. Então a pessoa ao inalar esse ar, pode acabar contraindo aquela doença, principalmente aquela com imunidade baixa, idosos ou com problema de saúde”, esclareceu. Ela também mostrou um folder da Secretaria Municipal de Saúde com orientações sobre a prevenção como a retirada de ninhos e ovos; umedecer as fezes dos pombos com desinfetante antes de varrê-las; utilizar luvas e máscara para cobrir nariz e boca ao fazer a limpeza do local com fezes; não deixar restos de alimentos que possam servir aos pombos e nunca alimentá-los.

Fonte: Portal Marcelo Lopes com informações da Primeiro a Saber | Foto principal: Pexels