Novela “13° Salário / Hospital São Salvador” agora vive a sua 2ª Temporada

Semana passada, mais precisamente na quinta-feira, 30 de novembro, a novela “13° Salário / Hospital São Salvador” passou a viver sua 2ª Temporada, isto porque, como no ano passado, os funcionários da instituição ficaram a ver navios. Vale destacar, naquela data foi o dia do vencimento do pagamento da primeira parcela do benefício, e até o dia 20 de dezembro vencerá a segunda parcela.

Infelizmente, graças a um decreto municipal firmado pelo prefeito Miguel Belmiro de Souza Júnior, o Miguelzinho, o HSS está desde janeiro de 2022 sob intervenção, uma situação jamais vista em toda a sua história, com um senão: a instituição não pertence à municipalidade.

Sob o jugo deste decreto que no entendimento da maioria da população seria criminoso, a cada dia a instituição se afunda num atoleiro cada vez mais profundo, onde os interventores até agora indicados somente mostraram incompetência e falta de respeito aos pacientes que lá buscam socorro e aos colaboradores que auxiliam na difícil tarefa de salvar vidas.

Salários comumente pagos com atraso, sucateamento das instalações, equipamentos quebrados, falta de medicamentos e outras situações grotescas são o reflexo da incompetência e, porque também não assinalar, a inércia das autoridades existentes no município que testemunham essas aberrações e fingem ser cegos, surdos e mudos.

Sobre o 13º salário dos funcionários daquela Casa de Caridade criada em 1908, 75% do valor devido do ano passado somente foi pago em meados de outubro último, e ao que parece os valores referentes a este ano de 2023 não será diferente.

O que pode acontecer com a empresa que não paga o 13º em dia?

Segundo o advogado goiano Éder Araújo, com mais de 32 anos de atuação profissional, especializado em Direito Civil e Direito do Trabalho, também professor do ensino superior há mais de 17 anos e professor na Escola Superior de Advocacia da OAB-GO, empresas que não pagam o 13º em dia e descumprem as normativas podem sofrer multas substanciais, que podem chegar a cerca de R$ 280,00 por trabalhador prejudicado.

“Esse valor pode dobrar em casos de reincidências” (caso a que está incluído o Hospital São Salvador), alerta o advogado, explicando que os trabalhadores que não receberem o 13º terceiro, podem tomar cinco providências. A primeira é procurar o setor de recursos humanos ou financeiro da empresa, para notificar o problema e cobrar o depósito dos valores atrasados. “É sempre recomendável que esta notificação seja feita por escrito, através de um e-mail, para que fique registrada”, diz.

O segundo passo é buscar auxílio no sindicato da sua categoria para formalizar a denúncia. Se não houver acordo, orienta Éder, o caminho é fazer a denúncia no Canal de Denúncia do Ministério do Trabalho e no Ministério Público do Trabalho (MPT). “Em último caso, resta cobrar os valores em uma ação trabalhista”, finaliza.