sábado, maio 4, 2024
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EDITORIAL

Quem é nazista?

Por Flávio Senra (*)

Em seu novo passeio mundo afora, levando consigo Janja e outras bagagens, Lula descobriu que as oliveiras produzem não só azeitonas, mas também uvas. Não bastasse tamanha sandice, ao que parece o todo poderoso governante se esqueceu, ou quem sabe sequer tinha conhecimento, de que um dos maiores defensores da criação do Estado de Israel, tanto que era presidente da Organização das Nações Unidas na histórica reunião, era nada menos que o brasileiro, político, diplomata e advogado Oswaldo Aranha.

Reconhecido na política internacional por sua atuação como presidente da sessão da Assembleia Geral da ONU que aprovou a Resolução 181, datada de 29 de novembro de 1947, também conhecida como Plano de Partilha da Palestina que estabeleceu a criação do Estado de Israel, fato ocorrido em 18 de maio de 1948, Aranha desempenhou um papel crucial na negociação e aprovação daquele ato, sendo o grande responsável por liderar a sessão e facilitar o diálogo entre as diferentes delegações, buscando um consenso para resolver a questão da Palestina. E por seus esforços naquela situação, vale ressaltar, aquele gaúcho de Alegrete acabou sendo indicado para o Prêmio Nobel da Paz de 1948, algo que, é o que parece, o presidente das terras tupiniquins de hoje tanto almeja aquela honraria, mas, mais uma vez, dá um tiro no pé.

Ao comparar o Estado de Israel com Adolf Hitler, o psicótico criador do nazismo e assassino de mais de oito milhões de judeus durante o maior confronto armamentista da história do mundo, Lula mostra mais uma vez que duas hipóteses podem lhe ser atribuídas: tinha tomado umas biritas a mais ou é desprovido de total conhecimento da história.

Como pode alguém ter ideia tão tacanha como o ex-condenado, que não bastasse estar levando o país a bancarrota agora comete tamanha sandice contra o país que demorou milhares de anos para ser criado para abrigar um povo sofrido e escravizado desde os tempos dos faraós, no caso específico o povo judeu? Onde estão os assessores desse presidente, cuja eleição é contestada por milhões e milhões de brasileiros, que não o orientaram a ficar de bico calado, quem sabe até mesmo proibi-lo de encher o pote?

Que nos desculpem aqueles que o defendem dessas suposições etílicas, mas temos que levar em conta o histórico de bebum do ex-sindicalista, criador do Partido dos Trabalhadores, acusado de ter cometidos tantos crimes de lesa pátria e condenado em três instâncias. Mas, na nossa modesta opinião, que nos perdoem mais uma vez, ele não poderia estar sóbrio!

Infelizmente, muitos de seus seguidores, apoiadores de criminosos como Ortega, Maduro, Putin, Guevara, os irmãos Castro e outros, também acham que o Estado de Israel é um Estado Nazista, o que não é, graças ao bom Deus, o pensamento da maioria do povo brasileiro.

(*) Flávio Senra é o editor do Jornal Além Parahyba desde junho de 1993.