PCMG indicia suspeito matar garota de programa, em Ubá
Investigação revelou fetiches por violência sexual e posse de pornografia infantil.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito policial sobre o assassinato de Ana Clara Veloso, de 19 anos, ocorrido em 7 de setembro, em Ubá. O investigado, Jhonathan de Oliveira Martins, de 29 anos, foi indiciado pelos crimes de feminicídio, tentativa de estupro e posse e distribuição de material de pornografia infantil.
No dia 8 de setembro último, o corpo da vítima foi encontrado em um beco no bairro Industrial, após ter ido à casa de Jonathan para fazer um programa sexual. Durante as diligências, a equipe de homicídios localizou manchas de sangue na residência do suspeito, que foi preso em flagrante no mesmo dia e confessou o crime. Ele apresentava arranhões no rosto, supostamente causados pela vítima em tentativa de defesa.
A investigação reuniu provas como imagens de câmeras de segurança, laudos periciais, depoimentos de testemunhas e a análise de dados do celular do investigado. O material indicou ainda que, horas antes do feminicídio, o suspeito tentou abusar sexualmente de outra mulher, que conseguiu escapar com ajuda de populares.
Os levantamentos também revelaram que o investigado buscava encontros sexuais pagos, envolvendo práticas violentas, enquanto consumia vídeos de abuso sexual, incluindo pornografia infantil, que ele possuía e compartilhava.
Indiciamento e conclusão
Além do feminicídio e da tentativa de estupro, o homem foi indiciado com base nos artigos 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), referentes à posse e distribuição de pornografia infantil.
Segundo o delegado Giovane Rodrigues de Faria Dantas, “a investigação aprofundada foi essencial para revelar a totalidade dos crimes e a periculosidade do suspeito. O trabalho investigativo comprovou não apenas a autoria e materialidade do feminicídio, mas também um padrão de conduta marcado por fantasias criminosas previstas no ECA. O caso evidencia o empenho da Polícia Civil na apuração e responsabilização de autores, protegendo a sociedade, sobretudo os grupos mais vulneráveis”, completou.
O inquérito foi encaminhado à Justiça, e o investigado permanece preso à disposição do Poder Judiciário.
Fonte: Portal-Site Marcelo Lopes com informações e foto da PCMG



