sábado, maio 4, 2024
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DECLARAÇÃO SOBRE ‘GOLPE’

Deputado protocola pedido de impeachment contra Lula

Pedido de impeachment contra presidente Lula (PT) foi apresentado com base em declarações feitas durante eventos na Argentina e no Uruguai.| Foto: EFE/André Borges.

O deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) protocolou ontem, quinta-feira (26), um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No documento, o parlamentar alega que Lula cometeu suposto crime de responsabilidade ao se referir ao impeachment de Dilma Rousseff (PT) como “golpe” de Estado.

O deputado afirmou que já apresentou o pedido na Secretaria-Geral da Câmara. Cabe ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), avaliar se aceita ou não a tramitação do processo. Nas redes sociais, Sanderson disse que este é o “primeiro pedido de impeachment” contra o petista, que assumiu o governo no dia 1º de janeiro.

Na segunda (23), durante viagem à Argentina, Lula disse que em 2016 houve um golpe de estado no Brasil. “Vocês sabem que depois de um momento auspicioso no Brasil, quando governamos de 2003 a 2016, houve um golpe de Estado”, afirmou o presidente.

Já na quarta (26), no Uruguai, o mandatário chamou o ex-presidente Michel Temer (MDB) de “golpista”. Temer assumiu a presidência após o impeachment de Dilma. “Quase tudo que nós fizemos de benefício social no meu país, em 13 anos de governo, foi destruído em seis anos. Ou melhor, em sete anos. Três do golpista Michel Temer e quatro do governo Bolsonaro”, disse Lula.

O parlamentar argumentou que o processo de impedimento de Dilma foi “rigorosamente legal” e “constitucional”. “Não podemos aceitar um presidente que vai lá fora mentir sobre a respeito da democracia brasileira”, disse Sanderson.

“Ao afirmar publicamente, em fala oficial, diante de autoridades estrangeiras, inclusive, como presidente do Brasil, que o impeachment de Dilma Rousseff foi um golpe de Estado, o atual presidente ataca, de forma raivosa, abjeta e contrária à verdade, a democracia brasileira”, escreveu no documento.

“Afinal, golpe, no sentido político, é aquele em que representantes eleitos são destituídos de seu cargo fora das regras previstas na Constituição Federal, o que notadamente não foi o caso da ex-presidente Dilma Rousseff”, acrescentou.

O deputado indica ainda no documento que o impeachment da ex-presidente Dilma foi descrito como “golpe de 2016” em uma publicação do site oficial da Presidência da República no último dia 16.

“O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, indicou também para processo de transição na EBC outras quatro mulheres, que assumirão cargos de assessoria ou gerências: Rita Freire, presidente do Conselho Curador da EBC cassado após o golpe de 2016; Juliana Cézar Nunes, empregada concursada da empresa; e as jornalistas Nicole Briones e Flávia Filipini”, diz o texto publicado no site oficial do Planalto.

Fonte: Gazeta do Povo.

An Quim