quinta-feira, outubro 9, 2025
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E D I T O R I A L

Até quando o HSS viverá o inferno causado pelo prefeito Miguelzinho e seus seguidores?

Por Flávio Senra (*)

HOSPITAL SÃO SALVADOR – ESTATUTO

Artigo 1º: O Hospital São Salvador é uma associação, sem fins econômicos, com duração por tempo indeterminado, registrado no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de Além Paraíba, inscrito no CNPJ sob o nº 16.607.509/0001-37, com sede em Além Paraíba, Estado de Minas Gerais, na Rua Dr. Paulo Fonseca, 1778, bairro Vila Laroca e reger-se-á pelo presente Estatuto e pela legislação que lhe for aplicável.

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Artigo 41: A existência do Hospital São Salvador reside da dedicação e operosidade do Conselho Diretor e da Assembleia Geral, aos quais respondem por sua estabilidade e progresso.

Parágrafo Único: O Hospital São Salvador existe para servir a população de Além Paraíba e não se submete a vontade político-partidária e nem tampouco admite a interferência política em sua gestão.

Ou seja, a intervenção imposta pela Prefeitura Municipal ao Hospital São Salvador, graças a um decreto sancionado pelo prefeito Miguel Belmiro de Souza Júnior, o Miguelzinho, se não for ilegal ao menos é imoral, e tanto o Ministério Público do Estado de Minas Gerais e o Poder Judiciário não poderiam ter dado o apoio que deram ao gesto que seria de cunho pessoal do Chefe do Poder Executivo de Além Paraíba contra seu ex-cunhado, e o resultado deste gesto tem sido catastrófico e poderá levar a instituição fundada em 1908 ao caos total, o que não seria bom para a população alemparaibana e dos municípios vizinhos que necessitam de seus serviços.

As notícias recentes envolvendo a grave situação em que se encontra o Hospital São Salvador estão tomando um patamar ainda mais grotesco, e mesmo com a tentativa de “apagar o incêndio” que tem siso testemunhado nas reuniões da Casa do Legislativo Municipal e através de entrevistas e depoimentos proferidos pelo Executivo Municipal em alguns veículos de comunicação alemparaibanos, em especial em determinada emissora de rádio, o fato que prevalece é que o prefeito e sua equipe deram um tremendo tiro no pé ao promoverem o ato exdrúxulo que resultou na intervenção daquela instituição que pertence ao povo alemparaibano e não à municipalidade de Além Paraíba.

Dias atrás, em uma “live” realizada por Renato Machareth, aliás um dos poucos profissionais da imprensa de Além Paraíba que não esconde o que de fato vem ocorrendo nessa covardia que atinge não só o HSS, mas todo o povo alemparaibano apesar de alguns filhos da boa terra preferirem o silêncio ao invés de tomar um posicionamento contra essa bizarrice criada pelo “chefe” do Executivo Municipal, o médico Rafael Gracioli, provedor afastado da instituição juntamente com todo o corpo do conselho-diretor através de um ato ditatorial para muitos considerado como facista, mostrou na “live” o que poderá acontecer caso o HSS não volte para quem sabe o que pode e não pode ser feito para reerguer o que ainda resta.

Bom lembrar que, como dois mais dois são quatro, uma série de situações deveriam ser bem analisadas não somente pela população, mas também por todos os órgãos e intituições/entidades constituídas no município, como as religiosas e os clubes de serviços, o MP e o Judiciário, a própria Câmara Municipal, a Subseção da OAB, e outras, Aliás, já que foi citada a Ordem dos Advogados do Brasil, num encontro casual com a presidente da Subseção de Além Paraíba, a advogada Maria Celeste de Oliveira, foi exposto e cobrado o porque do motivo de nenhum pronunciamento da instituição sobre o tema e o atual momento em que se encontra o HSS. Em resposta, a ilustre advogada afirmou que não seria de bom tom qualquer pronunciamento ou posicionamento sobre a situação, no que foi contestada já que a OAB tem se pronunciado nos últimos anos, mesmo que não seja de sua alçada, em tudo o que ocorre no país sempre tomando uma posição, ou seja, “metendo o seu bedelho”.

O papo foi encerrado sem qualquer outro relato entre as partes, sendo que a douta advogada informou que iria levar o tema aos seus pares sobre a Subseção alemparaibana deve se pronunciar ou não.

Ao mencionar tomada de posição, existem afirmativas de que um grupo de alemparaibanos está buscando mobilizar a população para uma grande manifestação em protesto à intervenção do HSS. A ideia inicial é levar às ruas pelo menos 500 pessoas.

(*) Flávio Senra é o editor do Site/Jornal Além Parahyba desde o ano de 1993