quinta-feira, maio 2, 2024
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Confirmado: Cataguases registrou o primeiro caso de varíola dos macacos

Resultado foi divulgado na manhã de segunda-feira (25), após exames feitos pela Funed. Minas tem 44 casos confirmados. Brasil é o sétimo país do mundo com mais casos da doença.

A Secretaria Municipal de Saúde de Cataguases divulgou um comunicado nas redes sociais na manhã de segunda-feira, 25 de julho, confirmando o primeiro caso de varíola dos macacos no município. No último dia 20, aquele órgão tornou público que um homem com idade entre 30 e 40 anos era suspeito de ter contraído a doença, sendo que foi coletado material para exames e enviado para a FUNED – Fundação Ezequiel Dias – em Belo Horizonte. Na segunda-feira, a Funed divulgou o resultado confirmando o diagnóstico positivo para varíola dos macacos.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o paciente foi comunicado a respeito do resultado dos exames. Ele passa bem com quadro estável de saúde e sendo monitorado pelos técnicos da Vigilância Epidemiológica e Estratégia da Saúde da Família. Aquela Secretaria acrescentou dizendo que o paciente em questão esteve em uma cidade onde a transmissão da doença ocorre de pessoa para pessoa.

Minas tem 44 casos confirmados de varíola dos macacos

Minas Gerais confirmou 44 casos de monkeypox até ontem, terça-feira (26), segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde. Outros 69 casos estão sendo analisados. Todos os contaminados são homens entre 22 e 48 anos. Dois seguem isolados em hospitais, porém estáveis e em boas condições clínicas. A Secretaria continua monitorando a saúde dos pacientes. A maioria dos contágios ocorreram no exterior ou em outros estados que apresentam índice alto. Em Minas, apenas Belo Horizonte apresentou transmissão comunitária. A capital mineira tem 32 casos confirmados.

Brasil é o sétimo país do mundo com casos de varíola dos macasos

O Brasil é o sétimo país com mais contaminações por varíola dos macacos no mundo, de acordo com entidades internacionais. Desde o primeiro caso confirmado da doença em território brasileiro, no mês de junho, foram contabilizados 813 diagnósticos, conforme o boletim mais recente do Ministério da Saúde, divulgado na tarde de segunda-feira (25).

O índice de contaminações registrou um aumento de 16,8% desde a última sexta-feira (22), quando foram contabilizados 696 casos. O avanço exponencial do surto em território brasileiro reflete o crescimento ao redor do mundo, movimento que coloca órgãos de saúde globais em estado de alerta.

O que é a varíola dos macacos

A Monkeypox é uma doença zoonótica viral causada pelo vírus Monkeypox. O primeiro caso humano da doença foi registrado em 1970. Já a primeira confirmação do surto atual ocorreu no dia 12 de maio de 2022. No Brasil, já foram registrados 813 casos, sendo 44 no estado de Minas Gerais.

TRANSMISSÃO

A transmissão se dá pelo contato com animais, humanos ou superfícies contaminadas, secreções respiratórias, sangue ou fluidos e partículas das lesões.

O período de incubação é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. A via de transmissão sexual está sendo investigada.

SINTOMAS

O quadro inicial é de sintomas gripais como febre, mal-estar e dor de garganta. Com a elevação da temperatura aparece linfoadenopatia (linfonodos inchados). A erupção na pele geralmente se desenvolve pelo rosto e depois se espalha para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais. As lesões cutâneas passam por diferentes estágios (máculas, pápulas, vesículas e pústulas) que progridem de forma simultânea, antes de finalmente formar uma crosta, que depois cai. Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas.

TRATAMENTO

O tratamento da Monkeypox é baseado em medidas de suporte com o objetivo de aliviar sintomas (dor e prurido), prevenir e tratar complicações. Dentre as complicações pode ocorrer a infecção bacteriana secundária das lesões. A grande maioria dos casos tem boa evolução e não apresentam gravidade.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Para se proteger da doença, recomenda-se o isolamento dos casos suspeitos e confirmados, bem como de seus respectivos contatos, realização de distanciamento físico, higienização das mãos regularmente com água e sabão ou álcool a 70% e utilização de máscaras que cubram corretamente a boca e nariz.

Em caso de suspeita da doença, procure imediatamente uma unidade de saúde.

VACINAÇÃO

O Ministério da Saúde afirmou que negociações para a compra da vacina contra a monkeypox estão sendo feitas de forma global com o fabricante para ampliar o acesso ao imunizante. No entanto, A OMS informa que a vacinação em massa não é indicada em países não endêmicos, como é o caso do Brasil. A recomendação é que sejam imunizados profissionais de saúde com alto risco de exposição ao vírus e pessoas que tiveram contato com casos suspeitos.

Fontes: Site Marcelo Lopes / Secretaria de Estado da Saúde de MG / Ministério da Saúde

Foto: Reuters

An Quim