domingo, março 16, 2025
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Para eleições de 2026, Mateus Simões quer apoio de PL e Republicanos

Vice-governador de Minas falou sobre as articulações em torno de sua candidatura em entrevista ao programa Café com Política desta sexta-feira (7 de novembro)

Mateus Simões, vice-governador do Estado. (Foto: Alex de Jesus/O Tempo)

Apesar do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) ser um dos nomes ventilados para concorrer ao Governo de Minas em 2026, o vice-governador Mateus Simões (Novo), que também quer disputar o cargo, pretende buscar uma aliança com o partido do parlamentar, assim como com o PL, do deputado federal Nikolas Ferreira (PL). Pré-candidato para o próximo pleito, Simões falou sobre as articulações em torno de sua candidatura em entrevista ao programa Café com Política desta sexta-feira (7 de novembro).

Durante a conversa, Simões foi questionado sobre o fato da bancada do PL na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) ter se separado de um dos blocos da base do governo Romeu Zema (Novo) nesta semana. Para o vice-governador, o movimento não deve ter reflexos, a curto prazo, na aliança com o partido Novo, pelo contrário, para Simões, o PL está “mais próximo” da legenda do que esteve no passado.

“Eu acho que a saída do bloco tem mais a ver com a decisão do PL de caracterizar o bolsonarismo como um movimento separado. Isso tem mais a ver com o cenário e com as pautas nacionais, do que com a nossa realidade política local.”

Simões lembra que o deputado federal Nikolas Ferreira e o senador Cleitinho são cogitados pela direita para concorrerem ao cargo de governador de Minas, entretanto, em sua avaliação, ambos têm papéis importantes no parlamento. Conforme o vice-governador, enquanto o liberal seria a figura “mais representativa” da direita no Congresso e com “muito futuro”, o perfil de Cleitinho também é próprio para o parlamento, considerando sua forma de conduzir as discussões.

“Muito mais importante para mim do que discutir quem o Lula vai apoiar, porque sobre isso eu não tenho nenhuma ação, eu tenho que cuidar da base do governo para a gente tentar caminhar junto e isso significa ter PL e Republicanos nessa conversa conosco. Conversa é só o que eu faço além de trabalhar.”

Conforme Simões, os diálogos acontecem para entender o movimento de cada figura política. Considerando que ele só poderá concorrer ao cargo de governador somente uma vez porque irá assumir o posto em 2026, quando Zema deve se afastar para se candidatar à presidência, a ideia é buscar uma composição para a centro-direita.

“Se tem alguém que está discutindo esse tema, sou eu, porque eu não posso ser candidato ao Senado, eu não posso ser candidato a deputado, é um pouco diferente dos meus potenciais concorrentes da direita”, diz. “Estou pronto para conversar, nós defendemos basicamente as mesmas coisas no campo central da administração. É uma questão de ajuste e fim.”

Em relação a adversários, Simões disse que será “divertido” ver o senador Rodrigo Pacheco (PSD) como postulante ao cargo de governador de Minas apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para 2026, o vice-governador quer construir uma candidatura em consenso, sem que haja adversários entre centro e direita, porque, do contrário, isso “daria a chance” da esquerda retomar a gestão do Estado.

Fonte: O Tempo